quinta-feira, 19 de abril de 2018

UMA RECORDAÇÃO MUITO AGRADÁVEL





Este lago tem um lugar muito especial nas minhas recordações.

Ele fica em uma fazenda escola chamada Instituto Cristão, no município de Castro, Estado do Paraná. 

Nasci e cresci neste lugar especial e saí de lá quando tinha 18 anos.

Quando eu era criança, lembro que passeávamos no entorno do lago; coletávamos pinhões e fazíamos piqueniques e pescarias. 

As fotos do lago são do meu irmão Daniel Oliveira da Paz. 

Quando eu nasci, meus pais moravam em uma casinha que ficava há alguns metros da margem do lago. 

Minha mãe sempre me contou que tinha muito medo que eu e meu irmão Daniel, que é um ano mais velho que eu, caíssemos dentro do lago.

A preocupação tinha origem em uma tragédia que o meu pai viveu: Um filho do meu pai, um irmão que eu não conheci, caiu no lago quando tinha seis anos de idade. Esse fato ocorreu muitos anos antes de eu nascer, mas foi algo bem marcante na vida do meu pai. Meu pai era viúvo quando se casou com minha mãe e este menino que se afogou e veio a falecer no lago, era fruto deste primeiro casamento. 

Para o sossego da minha mãe, quando eu tinha dois anos de idade, nos mudamos para uma casa que ficava bem mais longe do lago. 

Muitas vezes minha mãe nos levava para pescarmos no lago, porém, nadar era algo que nem ela nem meu pai simpatizavam. Porém eu sentia muita vontade de aprender a nadar. 

A parte represada em concreto que aparece nesta outra foto deve ter pouco mais de um metro de profundidade. Nós chamávamos esta parte de piscina e, com muito custo, minha mãe cedeu para que entrássemos ali quando nossa altura permitiu. 


Quando eu tinha uns doze anos, comecei a criar coragem de dar minhas primeiras tentativas de avançar sobre as águas.

Lembro de que minha amiga que se chama Rosane e que tinha a mesma idade que eu,  também estava no mesmo estágio de aprendizado. Nós estudamos juntas desde a primeira série e assim foi até o término do segundo grau, quando nos formamos em técnicas em Economia Doméstica no Instituto Cristão. Lembro que na nossa adolescência, uma incentivava a outra a dar as primeiras braçadas sobre a parte represada em concreto que era a parte mais rasa. 

Quando nas primeiras vezes senti meu corpo flutuar, foi algo maravilhoso. 

Tempos depois comecei a nadar na parte profunda do lago. 



Entrar no lago, em sua parte mais profunda e nadar até suas ilhas era algo inexplicável: refrescante, calmo e tranquilo e ao mesmo tempo desafiante. 

Hoje, quando busco pensar em lugar de paz e refúgio, levo meu pensamento em memória até aquele lugar e experimento aquela sensação: solto meu corpo em imaginação e flutuo avançando sobre as águas. Experimento em minhas lembranças aquele silêncio ao redor do lago; o ar puro; a conversa de meus irmãos e de minha mãe; a puxada na vara de pescar; a alegria dos piqueniques e churrascos na companhia dos amigos, isso tudo em meio a um enorme sentimento de gratidão a Deus pela infância que tive.

Esta imagem a seguir, faz com que eu sinta meu corpo dentro da água, leve, avançando a cada braçada. 




É difícil de descrever todas as sensações, mas esta é uma das lembranças mais marcantes da minha infância e adolescência.

Lembro o quanto aprender a nadar foi especial para mim. 

Primeiro tive que confiar que ao me soltar sobre lago, meu corpo poderia flutuar - quando não sabemos nadar, nossa tendência é achar que iremos afundar e de fato, afundamos diante da nossa falta de fé. Porém quando acreditamos que iremos flutuar e avançamos, podemos ir além da margem, podemos usufruir de uma sensação que aqueles que têm medo de nadar não conseguem experimentar.

O que me faz sentir tão bem com esta lembrança,  tem relação com a conquista e principalmente com a sensação de flutuar, refrescar, deslizar sobre as águas e desligar de tudo o mais. Foi uma experiência fantástica para mim.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

AS MELHORES COISAS DA VIDA NÃO CUSTAM NADA

NÃO CUSTA NADA
MÚSICA EM FAMÍLIA



Não custa nada
Eu descobri que as coisas boas da vida são de graça, não custam nada
Eu descobri que o mundo inteiro pode ser o meu jardim, a minha casa
O teu abraço não custa nada
Um beijo seu não custa nada
A boa ideia não custa nada

Missão cumprida não custa nada
E quando tudo parecer que está perdido dê uma boa gargalhada

Eu descobri que as coisas boas da vida são de graça, não custam nada
Eu descobri que o mundo inteiro pode ser o meu quintal, a minha casa
O pôr do sol não custa nada
A brincadeira não custa nada
Um gol de placa não custa nada
Vento no rosto não custa nada
E quando tudo parecer que está perdido dê uma boa gargalhada

A flor do campo não custa nada
Onda do mar não custa nada
A poesia não custa nada
A nossa história não custa nada
Fruta no pé não custa nada
Água da fonte não custa nada
Banho de sol não custa nada
Um bom amigo não custa nada
E quando tudo parecer que está perdido dê uma boa gargalhada
Eu descobri que as coisas boas da vida são de graça, não custam nada (4X)
Não custam nada





MIOLO DE PÃO



Miolo de pão


Um casal tomava café no dia das suas bodas de ouro. A mulher passou a manteiga na casca do pão e a deu para o seu marido, ficando com o miolo. 

Pensou ela: " - Sempre quis comer a melhor parte do pão, mas amo demais meu marido e, por 50 anos, sempre lhe dei o miolo. Mas hoje quis satisfazer o meu desejo". 

Para sua imediata surpresa, o rosto do marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse: 


" - Muito obrigado por este presente, meu amor! Durante 50 anos, sempre quis comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, eu jamais ousei pedir!" 

Assim é a vida... Muitas vezes, nosso julgamento sobre a felicidade alheia pode ser responsável pela nossa infelicidade... Diálogo, franqueza, com delicadeza sempre, são o melhor remédio. 

Autor Desconhecido

FELIZARDO



Música: FELIZARDO

(Tata Fernandes)

Hoje eu acordei

Me sentindo

Tão bem, tão bem

Tão bem, tão bem



Também pudera

Minha vida ta tão boa!

Logo que acordo

Já me pego rindo a toa



Eu gosto do que eu penso

Eu gosto do que eu faço

Às vezes não faço bem feito

Me embaraço, tropeço feio

Mas depois acerto o passo



Laço de fita

Pra enfeitar o abraço

Terra e céu

Sol e luar

ALGUNS OLHARES SOBRE O NOSSO SÍTIO







Alguns olhares sobre o nosso sítio e uma música para curtir:

https://www.youtube.com/watch?v=_Rb0m0gevUE

NÃO IMPORTA QUÃO "BONZINHO" VOCÊ DESEJA SER, ALGUÉM NÃO VAI GOSTAR DE VOCÊ!




A lei dos terços




Muitas vezes tentamos convencer os outros do quanto o nosso pensamento é bom e muitas vezes achamos que o pensamento do outro, principalmente se for divergente do nosso parece meio “errado”, não tão “certo” quanto nosso...

Lendo o livro “Vinte formas sadias de responder ao insulto” de Gabriel Jorge Castellá, encontrei a referência a uma lei – Lei dos terços - a qual pode trazer certo alívio ao coração daqueles que se afligem quando alguém não concorda com o seu ponto de vista.

Não somos todos iguais, nunca seremos. Temos grupos e instituições que gozam de pensamentos comuns e penso que dentro destes grupos devemos reforçar nossos valores e aprimorar nosso pensamento, porém, o fato de termos nossas convicções não significa que os outros são obrigados concordar conosco, até porque, aquilo que nos parece tão certo é muitas vezes apenas fruto da visão ofuscada pelo brilho do nosso egoísmo ou até pela parcialidade de nossa visão.


Gabriel de Castellá cita um estudo realizado por seu pai, Hemínio de Castellá , o qual observando a população: “A anatomia do povo”- descreve um importante princípio da vinculação humana que ele denominou como “Lei dos terços”, cujo enunciado é o seguinte:


“Todo ser humano que exerce influência sobre seus semelhantes, conta, ao mesmo tempo, e necessariamente, com seguidores, indecisos e opositores. Para cada pessoa que o estima, há uma que hesita e outra que o rejeita – constituem-se assim, um terço de pessoas a favor, outro terço hesitante e outro contrário.”


Para Castellá, “quanto maior a liderança ou a influência exercida sobre os outros, tanto melhor se delineiam os traços que configuram a lei dos terços.

Por mais aprimoradas que sejam a qualidade humana, a qualidade das propostas e realizações de determinado líder, tanto mais contarão com um terço de oposição.

Por piores que se mostrem o procedimento, as propostas e a obra de um homem influente, contará este igualmente com seguidores.

É preciso nutrir o terço a favor; seduzir o terço hesitante e, quanto ao terço contrário saber governá-lo.

O terço que rejeita é indispensável e imprescindível ao nosso crescimento.

Dois erros mais frequentes e persistentes relativos ao terço que rejeita são, por um lado, combatê-lo e, por outro, procurar conquistá-lo. Ambas as atitudes revelam uma posição tola e estéril. Tola porque demonstra ignorância com referência ao modo de estabelecer e relacionar-se com os vínculos humanos. Estéril porque, quanto mais se lutar contra o terço contrário, tanto mais será ele fortalecido, constituindo-se isso um vão desperdício de esforços.

Aquele que me insulta sem dúvida é membro integrante do terço que me rejeita. Não tem sentido fazer algo contra isso.

É impossível agradar a todos, como também impossível que todos me agradem...

É sábio aceitar que um indivíduo pode não agradar a todos...

Tentar agradar a todos é um inútil desperdício de energias, pois ao conquistar o terço que me rejeita, provavelmente perderei o apoio do terço que estava a meu favor, situação com a qual se restabelecerá a ordem descrita pela lei dos terços.”

Costumo citar o exemplo da preferência musical: se alguém gosta de estilo musical sertanejo, sua preferência não vai agradar alguém que goste de rock e se o sertanejo vier a curtir rock, vai desagradar a galera do sertanejo (só pra demonstrar de forma prática a lei dos terços) e nem mesmo o eclético em gosto musical vai agradar ao fanático de um determinado estilo. O fanático vai achar que o eclético não tem gosto definido e assim vai ...

Acredito que podemos defender com ardor e entusiasmo nosso ponto de vista e valores nos quais acreditamos. Não sei se a proporção de favoráveis e desfavoráveis será exatamente de um terço, mais sei que ambos existirão, então ... devemos estar cientes de que haverá contrários e se tivermos respeito e tolerância pela opinião do semelhante poderemos evitar o desgaste desnecessário de tentar trazê-lo a nosso favor ... 

Mera opinião com base no estudo de Castellá! 
Por: Joeli da Paz Gelinski



A VAIDADE DOS NOSSOS PENSAMENTOS



Melhor analisarmos com certo cuidado os próprios pensamentos, ideias ou impressões antes de articulá-los em palavras, para não transmitirmos alguma “MÁ” informação.

Quantas vezes somos movidos por uma suposta sabedoria, que na verdade nada mais é do que a manifestação de nossos próprios interesses.

Não andemos na vaidade dos nossos próprios pensamentos ...

Aquilo que dizemos ou pensamos talvez não agrade a muitos. Nem por isso temos que deixar de dizer, mas o respeito é essencial. Se o que dizemos ou fazemos extrapola o limite do respeito, aí é melhor ficarmos calados.


"Metade do mundo ri, da outra metade, e ambas são tolas.


Ou tudo é bom ou tudo é mau, dependendo do nosso enfoque.

O que alguns buscam, outros evitam.

É o um tolo insuportável aquele que quer regular tudo segundo seu próprio conceito.


As perfeições não dependem de um único gosto.

Os gostos são tão abundantes quanto os rostos e igualmente variados.

Não existe defeito que alguém não aprecie, e nem se deve desanimar se algo não agradou a alguns, pois não faltarão outros que apreciarão; que os aplausos destes não causem desvanecimento, porque outros o condenarão. 

Não se vive seguindo uma só opinião, um só costume ou um só século."

(A ARTE DA PRUDÊNCIA - BALTASAR GRACIAN)


CONFORTÁVEL



Confortável 


Você consegue pensar em coisas que te proporcionam conforto? 

Um lugar: ... 

Um ato seu: ... 

Uma roupa: ... 

Um sapato: ... 

Uma refeição: ... 

Uma pessoa: ... 


Qual o lugar ou estado que te acomoda de maneira que você sente um enorme bem estar? 
  

Este lugar ou este estado te proporciona aquecimento no frio? (um cobertor macio, um banho quente?) ou quem sabe uma sombra no calor? (um jardim? uma rede? uma piscina?) 

Neste lugar você se sente em paz? 

Sente uma atmosfera agradável?? Um respeito e um cuidado com a sua pessoa? 

Você entende que este ambiente te proporciona conforto material, emocional ou espiritual? (ou talvez todos eles??)? 

Este lugar é no teu lar, no mar, no campo, na igreja?? 

Quem são as pessoas que te fazem sentir confortável? Que tipo de palavras ou ações elas trazem pra você?? 

Que atos que elas fazem que te proporcionam conforto? 

E você? Você é veículo de conforto e  aconchego para alguém? 

Como você age para proporcionar conforto, alívio para alguém? Por que você faz isso? 

 

Estas perguntas são para você refletir sobre o seu lugar, as suas pessoas do coração e avaliar o seu empenho pela construção do seu espaço. 

Você é o responsável pela construção do seu espaço e da sua convivência. 

Pra mim, penso que o conforto tem uma relação muito grande com o saber dizer “não” para muitas exigências sociais como: salto alto e roupa apertada, maquiagem grudenta no rosto, reunião chata, convivências com pessoas ranzinzas e negativas. Também me ajuda no conforto, aprender a tolerar os que pensam diferente de mim sem deixar que isto tire minha paz, evitar lugares muito formais onde me sinta um robozinho repetindo aquilo para que foi programado... 

Existem algumas coisinhas que sabotam nosso conforto. Penso que desconforto aconteça quando cedemos às exigências dos outros rompendo com a coerência dos nossos valores mais caros e das nossas reais possibilidades. Estou aprendendo a dizer não para aquilo que me rouba do meu espaço de coerência com o que prezo e com o que eu posso.

Meu lugar de bem estar é minha casa, sem dúvida!! 

Aqui tenho abrigo no frio e refresco no calor. Aqui estão as pessoas que mais me respeitam e é aqui que eu cuido e conforto aqueles que amo. Aqui eu ando de chinelos e pantufas; alimento-me quando tenho fome; falo dos meus sonhos e meus temores abertamente; preparo refeição para os queridos.

Então este é o lugar no qual prefiro estar e é local no qual invisto a maioria dos meus esforços. 

O restante do meu empenho fica para usar meus talentos e dons para ajudar o próximo a ser mais feliz (de alguma forma - da forma que eu acho que posso colaborar). 

Pressinto que melhor que isso é o céu aonde as vezes estou; para onde eu vou ...