Este lago tem um lugar muito especial nas minhas recordações.
Ele fica em uma fazenda escola chamada Instituto Cristão, no município de Castro, Estado do Paraná.
Ele fica em uma fazenda escola chamada Instituto Cristão, no município de Castro, Estado do Paraná.
Nasci e cresci neste lugar especial e saí de lá quando tinha 18 anos.
Quando eu era criança, lembro que passeávamos no entorno do lago; coletávamos pinhões e fazíamos piqueniques e pescarias.
Quando eu era criança, lembro que passeávamos no entorno do lago; coletávamos pinhões e fazíamos piqueniques e pescarias.
As fotos do lago são do meu irmão Daniel Oliveira da Paz.
Quando eu nasci, meus pais moravam em uma casinha que ficava há alguns metros da margem do lago.
Minha mãe sempre me contou que tinha muito medo que eu e meu irmão Daniel, que é um ano mais velho que eu, caíssemos dentro do lago.
A preocupação tinha origem em uma tragédia que o meu pai viveu: Um filho do meu pai, um irmão que eu não conheci, caiu no lago quando tinha seis anos de idade. Esse fato ocorreu muitos anos antes de eu nascer, mas foi algo bem marcante na vida do meu pai. Meu pai era viúvo quando se casou com minha mãe e este menino que se afogou e veio a falecer no lago, era fruto deste primeiro casamento.
A preocupação tinha origem em uma tragédia que o meu pai viveu: Um filho do meu pai, um irmão que eu não conheci, caiu no lago quando tinha seis anos de idade. Esse fato ocorreu muitos anos antes de eu nascer, mas foi algo bem marcante na vida do meu pai. Meu pai era viúvo quando se casou com minha mãe e este menino que se afogou e veio a falecer no lago, era fruto deste primeiro casamento.
Para o sossego da minha mãe, quando eu tinha dois anos de idade, nos mudamos para uma casa que ficava bem mais longe do lago.
Muitas vezes minha mãe nos levava para pescarmos no lago, porém, nadar era algo que nem ela nem meu pai simpatizavam. Porém eu sentia muita vontade de aprender a nadar.
A parte represada em concreto que aparece nesta outra foto deve ter pouco mais de um metro de profundidade. Nós chamávamos esta parte de piscina e, com muito custo, minha mãe cedeu para que entrássemos ali quando nossa altura permitiu.
Quando eu tinha uns doze anos, comecei a criar coragem de dar minhas primeiras tentativas de avançar sobre as águas.
Lembro de que minha amiga que se chama Rosane e que tinha a mesma idade que eu, também estava no mesmo estágio de aprendizado. Nós estudamos juntas desde a primeira série e assim foi até o término do segundo grau, quando nos formamos em técnicas em Economia Doméstica no Instituto Cristão. Lembro que na nossa adolescência, uma incentivava a outra a dar as primeiras braçadas sobre a parte represada em concreto que era a parte mais rasa.
Lembro de que minha amiga que se chama Rosane e que tinha a mesma idade que eu, também estava no mesmo estágio de aprendizado. Nós estudamos juntas desde a primeira série e assim foi até o término do segundo grau, quando nos formamos em técnicas em Economia Doméstica no Instituto Cristão. Lembro que na nossa adolescência, uma incentivava a outra a dar as primeiras braçadas sobre a parte represada em concreto que era a parte mais rasa.
Quando nas primeiras vezes senti meu corpo flutuar, foi algo maravilhoso.
Tempos depois comecei a nadar na parte profunda do lago.
Entrar no lago, em sua parte mais profunda e nadar até suas ilhas era algo inexplicável: refrescante, calmo e tranquilo e ao mesmo tempo desafiante.
Hoje, quando busco pensar em lugar de paz e refúgio, levo meu pensamento em memória até aquele lugar e experimento aquela sensação: solto meu corpo em imaginação e flutuo avançando sobre as águas. Experimento em minhas lembranças aquele silêncio ao redor do lago; o ar puro; a conversa de meus irmãos e de minha mãe; a puxada na vara de pescar; a alegria dos piqueniques e churrascos na companhia dos amigos, isso tudo em meio a um enorme sentimento de gratidão a Deus pela infância que tive.
Esta imagem a seguir, faz com que eu sinta meu corpo dentro da água, leve, avançando a cada braçada.
É difícil de descrever todas as sensações, mas esta é uma das lembranças mais marcantes da minha infância e adolescência.
Lembro o quanto aprender a nadar foi especial para mim.
Lembro o quanto aprender a nadar foi especial para mim.
Primeiro tive que confiar que ao me soltar sobre lago, meu corpo poderia flutuar - quando não sabemos nadar, nossa tendência é achar que iremos afundar e de fato, afundamos diante da nossa falta de fé. Porém quando acreditamos que iremos flutuar e avançamos, podemos ir além da margem, podemos usufruir de uma sensação que aqueles que têm medo de nadar não conseguem experimentar.
O que me faz sentir tão bem com esta lembrança, tem relação com a conquista e principalmente com a sensação de flutuar, refrescar, deslizar sobre as águas e desligar de tudo o mais. Foi uma experiência fantástica para mim.
O que me faz sentir tão bem com esta lembrança, tem relação com a conquista e principalmente com a sensação de flutuar, refrescar, deslizar sobre as águas e desligar de tudo o mais. Foi uma experiência fantástica para mim.
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