Nossa precária comunicação anseia pelo amor
“Conheço com lucidez e sem prevenção as fronteiras da comunicação e da harmonia entre mim e os homens. Com isso perdi algo da ingenuidade ou da inocência, mas ganhei minha independência. Já não afirmo uma opinião; um hábito ou um julgamento sobre outra pessoa. Testei o homem. É inconstante.”
(In: Como vejo o mundo, Albert Einstein, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1981.
Há dias procurava um poema, uma música ... Algo que demonstrasse meu estado mental, social espiritual com relação às pessoas em geral.
Encontrei este pensamento de Einstein.
Não posso afirmar como ele, que já conheço os limites da comunicação e da harmonia entre mim e as outras pessoas, só sei que ambas, harmonia e comunicação, são muito limitadas nesta relação.
No limite de nossos erros, da nossa falha percepção e de nossa comunicação precária, nos digladiamos: não evoluímos com facilidade, pois em muitas das vezes sofremos e fazemos os outros sofrerem.
Não sei se o ser humano evoluirá a ponto de se expressar com precisão e perfeição.
Pressinto que isto será o que alguns chamam de céu, paraíso (um lugar perfeito).
Evito levantar muitas bandeiras (já me arrependi de tantas vezes que o fiz).
Mesmo que pareçam boas, algumas das minhas ideias, elas podem realmente estar equivocadas ou serem mal interpretadas. Se estou escrevendo aqui, é porque estou oferecendo estes escritos para meus filhos e eles me olham com olhos de amor. Isso me encoraja a expressar com certeza do acolhimento e do respeito, mesmo que discordem de mim.
Sei que estou em constante mudança, só espero que, nos contatos que me estimulam pra mudar, eu possa estar mudando para melhor.
Observo que existe alguma tentativa de muitos em busca do que é bom, do perfeito e agradável, porém de forma muito primitiva.
Talvez ainda estejamos na caverna como disse Platão. (in: Alegoria da Caverna. A República – livro VII)
Talvez a humanidade ainda esteja nas trevas como diz a Bíblia (Lucas 1:79 e Isaías 9:2)
Ou ainda como diz o Alcorão “que estamos neste estado porque não suportamos a luz que reflete nossas mazelas (Surata 5:16)
Não há teor religioso (no sentido pejorativo da palavra religioso), nesta minha exposição da questão sobre luz e trevas, por favor, leia sem preconceitos.
A luz existe e já foi revelada há muito tempo, mas poucos; raros conseguem percebê-la.
Vendo desta forma, sobre o prisma da revelação, ouso afirmar que devemos estar mais perto do paraíso, porém, penso que ele não é um local e nem está restrito a um tempo ou um território. Não é um estado moral ou mental;
Acho que é pura e simplesmente a realização plena do amor.
Mas nós não sabemos o que é o amor!
Experimentamos alguns vislumbres do que é, sentimos que é bom.
Pelo vazio da falta de amor na humanidade, minha alma tem saudade e anseia pelo paraíso.
Não se chega a ele sozinho (se fosse assim seria mais fácil).
Aí, neste ponto da parceria, sucumbimos na nossa caminhada em busca da plenitude do bem, pois se a luz, o paraíso, o amor envolve todos nós, sem exceção... Que difícil exercer amor para com todos que estão no caminho (até para aquele radical político ou religioso ou até para com o ladrão da cruz?) Que difícil!!
Enquanto todos não formos alcançados, a plenitude do amor será apenas um anseio dos poucos que já perceberam que a luz existe, e ... um grito desesperado dos que estão nas trevas do desamor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário