Pra contar como criei meus filhos eu diria, que tive um grande parceiro nesta tarefa: o Pai deles!! Isso sem falar das tias e tios, primos e avós!!
Mas aqui vou contar a minha versão:
Posso dizer que houve bastante dedicação.
Desde o início do casamento, escolhi que o melhor do meu tempo seria para minha família: marido e filhos e "euzinha" claro!
Não deixei de me envolver com algum projeto novo, uma atividade comunitária e de liderança na igreja, pois esse tipo de envolvimento faz parte da minha natureza, porém só mantinha o envolvimento social se todos (nós quatro pudéssemos estar bem neste contexto).
Enquanto as crianças cresciam, fiz alguns cursos, entre eles o de Direito.
O curso tem carga horária para ser concluído em cinco anos, mas levei dez anos. A vida pode ser conduzida da maneira que queremos, só temos que fazer as escolhas e arcar com o resultado delas. Neste tempo, teve vezes que achei que o mundo do Direito era meio artificial demais para mim, mas com o tempo aprendi o quanto precisamos estabelecer e cumprir certas regras para convivermos em sociedade: sempre dou o exemplo do trânsito: se não tivéssemos regras poderíamos andar todos livremente (batendo-se uns nos outros, diga-se de passagem). Na minha opinião seria um caos!! Encontrei no Direito formas de trabalho nas quais me realizo sendo desta forma mais "da paz" e isto tem dado certo, mas essa atitude pacífica de trabalhar eu explico lá no meu outro blog: https://joeligelinskiadvocacia.blogspot.com.br/
As coisas mais significativas que fiz para meus filhos foi lhes proporcionar conforto; jamais ensiná-los a ter medo e a serem livres com responsabilidade.
Ensinei-lhes o caminho da fé cristã e os ensinei a fazer oração e ler a Bíblia. Ensinei que a relação com Deus é algo muito pessoal e independente de grupo religioso, embora, na minha opinião, o grupo seja um fator de fortalecimento.
Durante alguns anos da infância deles, moramos no sítio e isto foi muito bom. A Júlia brinca que ela não tem nenhum tipo de alergia pois desenvolveu todos os anticorpos possíveis. O André e a Júlia aprenderam muito sobre a vida e natureza no sítio. Brincaram muito com os primos e vizinhos que lá se reuniam.
Quanto ao conforto dei-lhes sempre um sono tranquilo; rotinas diárias; brincadeiras saudáveis; fogão à lenha no inverno; muitas almofadas e tapetes; comidinha gostosa e muito carinho e amor. Sempre que tiveram dor me empenhei o máximo para amenizá-las;
Quando iam enfrentar algo novo sempre os encorajei, porém nunca os submeti a tirania dos adultos que querem forçar a adaptação de crianças a ambientes “adultizados”. Fizemos as adaptações necessárias sempre com muita calma.
Nunca forcei meus filhos a se adaptarem. Sei que há quem diga que é só forçar que eles se adaptam, mas meus filhos não foram forçados e eles foram incentivados e conseguiram se adaptar às novidades na hora certa.
Nunca obriguei meus filhos a irem para escola e deixei que eles faltassem quando não estavam muito animados, nem por isso eles abusavam desta possibilidade, pelo contrário sempre foram assíduos e estiveram e estão entre os melhores alunos. Continuaram com esta liberdade desde o berçário até a faculdade. Hoje os dois trabalham conosco no escritório. São assíduos, não faltam e cumprem com as obrigações com muita responsabilidade, sem "forçação" da nossa parte.
Eu os amo demais e eles sabem que eu vou buscar sempre ser a melhor mãe possível e que isto envolve algum estudo da minha parte. Não é mera tentativa de acerto.
Por fim preciso dizer que nunca bati nos meus filhos. Acho que “surrar” uma criança é uma violência brutal. SOBRE ISSO AINDA TENHO MUITO A FALAR ... mas minhas mãos existem apenas para abençoá-los, jamais agredi-los com a desculpa de que isto seja uma forma educar.
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